domingo, 25 de setembro de 2011

Ex-lutador de MMA mira “medalha certa” no Pan-Americano de Guadalajara


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Antoine Jaoude vê no Pan-Americano o melhor referencial técnico para atletas brasileiros

Apontado de forma quase unânime como o melhor atleta de luta greco-romana da história do país, Antoine Jaoude acumula 13 títulos nacionais e quase duas dezenas de medalhas em competições sul-americanas e pan-americanas da modalidade.

Mas, apesar das inúmeras conquistas, o atleta nascido no Líbano precisou dividir o foco de sua carreira devido a um problema corriqueiro em diversos esportes brasileiros; a falta de patrocínio.

A solução? Treinar e competir em eventos de MMA, onde a remuneração é maior e a porta de entrada no esporte seria facilitada pelos companheiros de longa data Marco Ruas e Pedro Rizzo, que dividiam os tatames nos renomados treinos puxados por Beto Leitão Filho, primeiro brasileiro a participar de uma Olimpíada na categoria.

- Fiz 11 lutas profissionais de MMA. Competir em dois esportes nunca me atrapalhou. Comecei por falta de competição e de patrocínio, então o MMA foi o diferencial nessa fase para mim. Mas, hoje, o foco é o wrestling.

Com um cartel de respeito - oito vitórias e três derrotas - o atleta voltou sua mira à competição amadora desde 2008, ano em que participou dos Jogos Olímpicos de Pequim. Sem alcançar a medalha, apontada como o maior objetivo de sua vida, Antoine agora treina com Londres 2012 como meta.

- Meu sonho é trazer uma medalha olímpica para Brasil. Ajudar muitas crianças e pessoas que batalham por esse esporte, que começou a receber apoio do governo faz pouco tempo. Desde então, melhorou um pouco, mas a Luta Olímpica cresceria muito mais rápido com alguns poucos investimentos.

Antes de Londres, porém, está prevista uma “escala” nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, maior referencial técnico e físico para nossos atletas da modalidade.

- A expectativa é boa. Sou tido como medalha certa pelo COB. Os jogos Pan Americanos são o campeonato mais forte no nosso continente. É um ótimo parâmetro. Chegar a uma final, ganhar de um cubano ou americano, que estão entre os melhores do mundo te posiciona bem no cenário.

Aos 34 anos, Antoine fala com propriedade. Em 2003, no Pan de São Domingos, o brasileiro conquistou a prata e, no ano seguinte, participou de sua primeira Olimpíada, em Atenas, na Grécia.

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