sábado, 24 de setembro de 2011

O PAN já começou para o Brasil


Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011 começarão em 13 de outubro. Os atletas brasileiros, porém, já vivem o clima da competição. Vários deles, por sinal, já estão em solo mexicano, acompanhados por seus técnicos, em treinamento e aclimatação para a importante competição quadrienal.
Sim, ao contrário do que pretendem alguns analistas, o PAN é importante, mesmo que não seja, não possa ser e nem pretenda ser tão forte quanto uma Olimpíada.
É irritante a desinformação de uns tantos que perguntam ao atleta, após a conquista do título continental, algo assim: “Porque nós (o País) não ganhamos a mesma prova nos Jogos Olímpicos?” Pelo menos uma vez, nos Jogos do Rio 2007, um desses perguntadores recebeu a resposta correta do atleta recém- ganhador da medalha de ouro: “É porque no PAN competem atletas de um continente e na Olimpíada, de cinco.”
O balançar da cabeça mostrou que a resposta, embora óbvia, não surtira efeito. O perguntador, do alto de sua prepotência, só proporcional à própria ignorância, saiu como entrou, com os mesmos preconceitos, que o impediu e continua a emperrar seu crescimento como observador da cena esportiva e até mesmo como ser humano.
Agora em 2011 é a mesma coisa. Dizem que o Brasil se sairá bem no PAN porque os melhores do continente não participam, caso dos representantes dos Estados Unidos. Como toda meia verdade, esta é mais uma demonstração de ignorância. Isto porque, se os Estados Unidos não levam seu primeiro time no basquete, natação e atletismo, o correto seria também informar que, em muitas provas, são chamados exatamente os melhores – no caso do atletismo, os eventos de campo, notadamente os lançamentos.
Da mesma forma, se nas corridas curtas não vão os dois primeiros é preciso considerar, todavia, que o 3º o 5º ou o 8º norte-americanos são bons atletas. É fácil constatar isso, já que está nas Américas a maioria dos principais velocistas do mundo. E depois, os países da região, em sua maioria, vão com seus melhores competidores, caso de Cuba, potência mundial no atletismo e em outros esportes.
Enfim, queiram ou não os críticos de tudo e de sempre, o Brasil terá bons resultados no PAN, sim. Não porque as provas são fracas, mas porque em vários esportes temos competidores de nível mundial. No atletismo é assim, penso que situação análoga se dê também na natação e no judô. E há o vôlei, o basquete em evidente evolução, a ginástica artística, a GRD, o iatismo…
Isso não faz do Brasil uma potência esportiva. Mas não parece justo exigir isso do esporte em uma nação que, embora tenha melhorado muito seu IDH nos últimos 10 anos, ainda não é uma potência na ciência, nas artes, na indústria e nos demais campos da atividade humana

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