sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Rejeitado para os Jogos do Rio, caratê busca vaga na Olimpíada de 2020

Disputado no Pan-Americano desde 1995, o caratê ainda busca reconhecimento internacional para entrar no cronograma dos Jogos Olímpicos. A modalidade esteve perto de entrar já para o evento do Rio de Janeiro, mas acabou rejeitada no fim. O sonho, porém, não acabou e foi adiado para a Olimpíada de 2020.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) estipulou sete critérios para admitir um esporte nos Jogos: história e tradição, universalidade, popularidade, imagem, saúde dos atletas, desenvolvimento da Federação Internacional que rege a modalidade e os custos. O caratê atende a todos estes requisitos, mas não conseguiu ser aprovado em votação.

No começo de outubro de 2009, o COI se reuniu em assembleia para definir o Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016. Junto às discussão da cidade que receberia o evento, foram definidos mais dois esportes para entrar no cronograma olímpico: golfe e rugby. O caratê estava entre os cotados, mas acabou sendo vetado na votação.

“Essa questão é um pouco complicada. Estão querendo dar uma enxugada na Olimpíada e tem muita gente para entrar, mas ninguém quer sair. O que acontece eu não sei, porque o caratê atende a tem todos os pré-requisitos. Não sei dizer ao certo se é uma questão mais política ou por conta de rugby e golfe envolverem mais dinheiro. Sei que a gente está na briga, estamos nos adptando, fazendo tudo para estar cada vez mais dentro dos parâmetros olímpicos”, disse a brasileira Lucélia Ribeiro, tri-campeã no Pan.

Fora de 2016, o caratê ao menos segue na briga por uma vaga na Olimpíada de 2020, que ainda nem tem sede definida. Com uma modalidade a ser incluída no programa, a arte marcial luta com outros sete esportes: beisebol, softbol, patinação, squash, wakeboard, alpinismo e kung-fu-wushu.

Membro de uma das famílias com maior renome no caratê brasileiro, Takê Machida, irmão de Lyoto, ex-campão do UFC, analisa que falta maior organização e cooperação dentro das confederações para o esporte, enfim, entrar na Olimpíada.

“Falta uma reorganização das federações. O carate está muito dividido. Existiu no passado uma briga política muito grande. Essa divisão fez com que o COI não tomasse as atitudes para colocar na Olimpíada”, disse Takê.

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