Sem abertura de complexo de remo, Brasil deixa barcos na grama

Uma das sedes que sofrem mais críticas da imprensa por conta de atrasos para os Jogos Pan-Americanos, o complexo de remo e canoagem corre contra o tempo para finalizar suas obras antes do início do evento, que terá provas a partir do dia 15. A reportagem do Terra viajou até Ciudád Guzman para ver o estado do local, e assim como já havia visto em outras sedes, como o basquete e a pelota basca, encontrou um verdadeiro canteiro de obras.

Vários operários se desdobram para acertar diversos detalhes ainda a se terminar, começando pela entrada que leva em direção ao setor onde o público assistirá as competições, que ainda passa por calçamento. As arquibancadas, que serão feitas com uma estrutura pré-montada, ainda não foram colocadas no complexo, assim como não estão concluídas as plataformas por onde remadores e canoístas entrarão na água.

Porém, o setor mais prejudicial nestes 15 dias que antecedem os Jogos é o da garagem dos barcos. Sem a liberação do local, a equipe do Brasil, que chegou à cidade para fazer aclimatação no último dia 26, está tendo que deixar seus barcos do outro lado da rua do complexo, dentro do contêiner em uma área aberta e sem a mínima segurança.

A cada vez que a equipe brasileira vai treinar, os remadores tem que atravessar uma rua onde circulam carros e caminhões com seus barcos nas costas para chegar ao lago onde ocorrerá as competições. "No primeiro dia, tivemos um pouco de dificuldade, mas depois os policiais que estão trabalhando passaram a nos ajudar, parando o trânsito para nós passarmos com o barco", disse Thiago Gomes.

De acordo com o diretor técnico da Confederação Brasileira de Remo, Wandir Kuntze, os membros da organização tinham aberto a possibilidade de deixar os barcos em um estacionamento de um restaurante ao lado do complexo, enquanto a garagem oficial não estivesse pronta. Porém, o dono do estabelecimento pediu para os brasileiros tirarem as embarcações do local.

"Os organizadores tinham dito que não teria problema, mas após a primeira noite, o dono queria nos cobrar US$ 150 por dia para deixarmos os barcos ali. Por este motivo, nós achamos melhor colocar os barcos dentro do contêiner e trancá-lo para pelo menos ter segurança que nossos equipamentos não serão roubados".

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