quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Auxiliar de Bernardinho aposta em "equipe B" competitiva no Pan

Jogadores da nova geração devem ter chance de ouro em Guadalajara. Foto: CBDU/Divulgação Jogadores da nova geração devem ter "chance de ouro" em Guadalajara
Sem Giba, Murilo, Bruninho e até os costumeiros gritos de Bernardinho na beira da quadra. Provavelmente, serão assim as partidas de vôlei masculino nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro. No entanto, os integrantes da equipe que defenderá o Brasil no México, ainda desconhecidos do público, estão a um passo de se tornarem novos ídolos do vôlei brasileiro.
"Nossa ideia é desenvolver jogadores, de gerações intermediárias ou mais novas, para contarmos com eles em um futuro próximo, que passa por 2012 e vai até 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio", explicou o técnico da Seleção principal de vôlei, Bernardinho.
Para o capitão da equipe "A", Giba, a decisão é coerente, pois, além de preservar os jogadores para as competições mais fortes que acontecem nesse ano, como a Copa do Mundo do Japão, em novembro, é uma boa oportunidade para novos atletas aparecerem. "É hora de dar espaço para quem está buscando o seu lugar ao sol. Ainda tem tempo até 2016 para que esse ciclo seja fechado".
Alguns dos nomes da Seleção "B" de vôlei já até estiveram presentes na equipe principal, como Thiago Alves e Éder. E, além deles, outros jogadores prometem fazer com que você aprenda seus nomes, entre eles, Wallace (oposto), Luiz Felipe (ponteiro) e Murilo (levantador). As novas promessas do vôlei e as expectativas para o Pan de Guadalajara foram tema do papo que o Terra teve com Rubinho, auxiliar técnico de Bernardinho e que, possivelmente, será o treinador da Seleção B no México.
Terra - Como você avalia até aqui o desempenho da "Seleção B" do Brasil?
Rubinho - Este grupo se reúne, pelo menos, uma vez por temporada para períodos de treinamento, disputa de amistosos internacionais e torneios em que a equipe principal não pode participar em função de outras competições e ajustes de datas. Nesta temporada, particularmente, tivemos um período de três semanas de treinamento e mais cinco de jogos e torneios. O saldo foi positivo. Jogamos o evento teste em Londres, que foi uma competição de balizamento para os Jogos Olímpicos de 2012, onde enfrentamos equipes principais, como a Sérvia e os Estados Unidos, que acabavam de disputar a Liga Mundial, e ficamos em segundo lugar. Depois excursionamos por República Checa e Áustria, os dois países que sediarão este ano o forte campeonato europeu adulto, e, em cinco jogos, tivemos três vitórias e duas derrotas. E jogamos a Universíade, na qual ficamos em terceiro lugar, após derrota na semifinal para a equipe da Rússia.
Terra - Existe uma visão de "Seleção B" do vôlei brasileiro ou essa equipe é encarada como um grupo de preparação para outros momentos e temporadas?
Rubinho - Esta equipe é a continuidade do trabalho desenvolvido nas categorias de base. Temos muitos bons valores surgindo a cada dois anos na seleção juvenil e, também, na infanto-juvenil. Por outro lado, temos um grupo adulto muito forte e que, naturalmente, não abre muita possibilidade para jogadores jovens. Porém, devemos continuar o desenvolvimento dos atletas, principalmente quanto à experiência internacional, jogos de bom nível, contra as principais forças do voleibol mundial. Este deve ser um trabalho contínuo e, ao longo do tempo, naturalmente, estes atletas vão sendo integrados ao trabalho da equipe principal. O Thiago Alves e o Éder, por exemplo, fazem parte deste trabalho desde 2006 e hoje são atletas que também participam do grupo principal. Outros também estiveram nesta equipe e hoje já são efetivos na adulta, como o Bruninho e o Lucão.
Terra - Os jogadores desta equipe encaixariam bem no grupo principal do Brasil?
Rubinho - Esta é a ideia: preparar atletas para, em um futuro próximo, estarem aptos a compor a equipe principal. Obviamente a passagem não é total. Alguns deles ascenderão ao time adulto e outros não. Porém, o importante é que todos que participaram tiveram contato com o voleibol internacional, conheceram jogadores e equipes e chegaram com um nível de experiência interessante para fazer parte da Seleção nacional.
Terra - Qual a importância de mesclar jogadores jovens com atletas mais experientes, como por exemplo, o Éder e o Thiago Alves?
Rubinho - Isto é fundamental. Foi muito proveitosa a participação destes jogadores mais experientes no grupo, tanto pela participação direta deles, como pelo auxílio natural prestado aos mais novos. São atletas que já "funcionam" no padrão da Seleção adulta, têm conhecimento das necessidades e dificuldades das competições e do nível necessário para poder competir e chegar ao topo das disputas.
Terra - Quais são os próximos objetivos e compromissos desta Seleção Brasileira?
Rubinho - Alguns destes jogadores estarão envolvidos na disputa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. É provável que tenhamos uma equipe mista, com alguns destes jogadores e outros com mais experiência. De qualquer forma, será bom para aqueles que participarem, pois será mais uma competição oficial, com provável participação de algumas equipes fortes. Mas esta equipe não tem uma competição alvo, como, por exemplo, as Seleções infanto, juvenil e adulta. O alvo desta equipe é manter um determinado grupo de jogadores em atuação, jogando contra equipes internacionais, adquirindo experiência e aumentando a sua qualidade, para que, em algum momento futuro, estes jogadores tenham condição de estar na principal. O objetivo é não existir um lapso entre as gerações.
Terra - Existe algum jogador que está se destacando neste time e que pode ser uma referência em breve no vôlei nacional?
Rubinho - Alguns jogadores se destacaram. É difícil especificar somente um. O Wallace (oposto) fez uma boa excursão e é um jogador que vem crescendo a cada temporada e teve um desempenho muito bom no bloqueio. Thiago Alves e Luiz Felipe (ponteiros) também fizeram boas apresentações, atuaram bem na função de passadores, principalmente, na recepção de saques flutuados, função que nem sempre desempenham em seus clubes. O Murilo (levantador) teve a oportunidade de fazer várias partidas em sequência, atuando como titular, tendo que comandar o ataque da equipe. O Éder (meio de rede) exerceu muito bem a função de capitão e líder da equipe, além de ter tido um desempenho muito bom no saque, bloqueio e ataque.
Terra - Qual resultado será considerado satisfatório para essa equipe no Pan de Guadalajara e quem serão os grandes adversários no torneio? Rubinho - Não sabemos quais serão as formações das equipes nos jogos de Guadalajara. Se todos forem com as equipes completas será uma boa competição, com bom nível. A nossa Seleção, com certeza, também terá uma equipe competitiva para o Pan.
Pan 2011 no Terra
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