O triatleta brasileiro Juraci Moreira, 32 anos, subiu ao Pódio no
Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro, para receber a medalha de
bronze da prova. No currículo, as Olimpíadas de Sydney (2000), Atenas
(2004) e Pequim (2008). No braço esquerdo, um lugar reservado para
tatuar o logotipo dos Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem, assim
como fez nas edições anteriores em que participou. Apesar de integrar a
equipe que treina para o Pan de Guadalajara, ele não disputará a prova.
Uma série de contusões que o atormenta desde o ano passado impediu que
ele conseguisse vaga. A luta, a partir de agora, é contra o relógio e o
índice para Londres.
"Eu brinco com os fisioterapeutas que eu preferia ver eles em
outras ocasiões, porque eu sou o melhor amigo deles. Estou sempre em
tratamento, sábado, domingo... Todos os dias da semana eu passo quase
duas horas sob os cuidados deles", diz.
O esforço repetitivo de 15 anos de treinos para nadar 1,5 km, pedalar
40 km e correr outros 10 km faz com que o atleta apresente uma lista
extensa e dolorida de contusões. "Eu já venho levando essas lesões há
alguns anos. Eu tenho nos dois tendões de Aquiles uma tendinose crônica
que me atrapalha bastante. Tive um problema no joelho há três meses.
Tenho uma outra lesão crônica na coxa. E isso ao longo do tempo vai te
prejudicando muito. Então eu tive de parar no ano passado para tratar e
poder voltar neste ano".
Essa parada médica foi a responsável direta pra que ele perdesse a
chance de competir em Guadalajara. "Estou voltando para as competições
fortes e isso fez com que eu ficasse um pouco atrasado. Tanto para a
classificação do Pan, que eu acabei perdendo, como para a classificação
olímpica para 2012. Estou bem atrasado na classificação, mas ainda há
tempo. Por isso eu estou me dedicando, praticamente morando em Portugal,
lá no centro de treinamento que o Brasil tem o projeto (de triatlo),
para tentar essa classificação para a quarta Olimpíada", diz.
A luta contra a dor é encarada com naturalidade por ele, ainda que o
incomode. "Não é legal. Eu não gosto de estar machucado, de estar
sentindo dor, tendo de tratar, mas, por outro lado, estou feliz por
estar podendo tratar e esse tratamento está fazendo com que eu possa
continuar no triatlo. É um preço que a gente tem de pagar. Estou
tentando prolongar a minha carreira o máximo possível, para chegar a uma
quarta Olimpíada, quem sabe uma quinta Olimpíada no Rio 2016. Mas, para
isso, vou ter de passar muitas e muitas horas com os fisioterapeutas"
Com a experiência acumulada, ele acredita que o Brasil tem chances
reais de disputar uma medalha em Guadalajara, tanto no masculino, como
no feminino. "Eu conheço os atletas dos EUA e do Canadá que vão estar
competindo aqui, que são os favoritos, mas tanto o Reinaldo (Colucci),
como o Diogo (Sclebin), e o Bruno (Matheus) já competiram com esses
atletas, já ganharam deles. Então a gente está em uma disputa de igual
para igual, praticamente. Vamos pegar muito calor no dia da prova, muita
umidade, e isso ajuda os brasileiros", afirma.
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