quinta-feira, 22 de setembro de 2011

No 1º Pan, maratonista lembra do tempo em que perdia de mulheres

Aos 29 anos, o maratonista brasileiro Jean Carlos da Silva disputará o primeiro Pan-Americano na cidade mexicana de Guadalajara, em outubro. Diz que começou a correr para valer em 2007, quando passou a ser treinado pelo técnico Ricardo D'Angelo, ao integrar a equipe BM&F Bovespa. Antes, como amador, fez carreira em seu Estado, Santa Catarina. Lutou taekwondo na juventude, trabalhou como mecânico de manutenção e largou tudo aos 22 anos, quando participou da primeira prova e achou que levava jeito para o esporte. Antes disso, disputava provas de longa distância, mas não gosta nem de lembrar dos resultados. "Eu sempre chegava atrás de muitas mulheres. Achava isso horrível. Rendeu muita gozação para o meu lado", diverte-se.
Um dos últimos atletas a competir - a prova masculina da maratona abre o último dia do Pan-Americano, em 30 de outubro - ele passará 42 dias no México se preparando para a disputa. Desde a noite do último domingo Jean está em San Luís Potosí, no Centro Desportivo La Loma, local escolhido pelas equipes brasileiras de atletismo, natação, taekwondo e triatlo para a aclimatação à altitude. Com o companheiro inseparável - um dragão tatuado no braço direito, que, segundo ele, não tem jeito de sair dali -, Jean espera voltar ao Brasil com uma das medalhas da prova.
O brasileiro vê nos próprios compatriotas os principais concorrentes, como Solonei Rocha da Silva e Marilson Gomes dos Santos. Depois do Pan, ele deverá fechar o ano com a disputa da São Silvestre, em São Paulo. No dia 11 de setembro, Marilson venceu a meia-maratona de Buenos Aires, enquanto Jean ficou com a segunda colocação.
Potosí está localizada a uma altitude aproximada de 1,9 mil metros, superior à de Guadalajara, que é de 1,59 mil metros. "No começo, a gente estranha um pouco, mas depois de uma semana, o organismo vai se acostumando. A principal dificuldade é a da respiração", disse.
"Como a diferença para Guadalajara não será muita, acredito que esse tipo de preparação seja o ideal", disse. Segundo ele, se a prova fosse disputada ao nível do mar, a preparação na altitude seria mais importante. "Quando você desce quase 2 mil metros, o desempenho melhora bastante, ainda mais depois de 40 dias de treinos".
Na rotina diária, treinamento em dois períodos, algumas dores e a certeza de que pode ir além. No ano passado, com a marca de 2h15min24s e o 16º lugar na maratona de Amsterdã, na Holanda, conseguiu o índice para disputar o Mundial de Atletismo de Daegu, na Coreia do Sul, mas, em conjunto com a comissão técnica do time brasileiro, abriu mão para priorizar a disputa do Pan-Americano, onde tem chance de chegar ao pódio.
Os cerca de 200 km semanais que ele percorre durante os treinamentos são, segundo ele, uma rotina tranquila. "Não passamos o tempo todo correndo, mas todo dia, sete vezes por semana, há um período para isso", afirmou.
"No mais, intercalamos trabalhos de força e ritmo para melhorar o condicionamento". Com 1,80 m e 62kg, ele diz não ter nenhuma restrição alimentar. "Tudo o que a gente come acaba queimando com a atividade física. Procuro fazer uma alimentação balanceada para não prejudicar os treinamentos", encerrou.
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