O secretário-geral da Confederação Brasileira de
Rúgbi, Fábio Gaudieri, revelou ao iG que o esporte, já garantido na Olimpíada de 2016, no Rio, está
recebendo verbas do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) através de Lei Piva desde o
segundo semestre de 2010. Essas verbas, contudo, normalmente só poderiam ser
repassadas para esportes que já são de fato olímpicos - e, portanto, o rúgbi a
princípio só receberia os recursos a partir do ciclo olímpico de 2016, ou seja,
depois do fim dos Jogos de Londres no ano que vem.
“A gente já está tendo um apoio do COB sim, apesar de ainda não estarmos no
ciclo olímpico. O COB começou a ajudar a seleção feminina em 2010 e, depois,
passou a colaborar com a masculina também, com a Lei Piva. Foi um grande apoio
para que pudéssemos caminhar para uma coisa mais profissional”, disse o
dirigente, sem saber precisar quanto a entidade tem recebido do COB. “ A
Federação Internacional de Rúgbi (IRB, na sigla em inglês) também está nos
ajudando, mas com mais foco na formação de atletas, categorias de base. Eles dão
mais apoio a quem vai disseminar o esporte”, completou.
Apesar de o adiantamento no repasse de verbas ter
gerado desconforto em representantes de outras modalidades, o próprio COB já explicou essa política quando anunciou um
projeto para o desenvolvimento do rúgbi feminino, em abril. "Não podemos
esperar até lá (o início do ciclo) para dar suporte a essas
modalidades, por isso abrimos a possibilidade para que elas nos apresentem
projetos especiais anuais, que serão financiados com o Fundo de Reserva do COB",
explicou à época o superintendente executivo da entidade, Marcus Vinícius
Freire.
Gaudieri comemorou a profissionalização da entidade e o espaço na mídia que
vem sendo alcançado com a transmissão de campeonatos e acordos com
patrocinadores do porte de Topper (que fornece os uniformes), Bradesco e
Deloitte. Ele não soube explicar os motivos para o COB ter começado a repassar
as verbas antes do início do ciclo olímpico, mas afirma que, de 2009 para 2010,
houve uma profissionalização da entidade, que só contava com uma secretária e
com diretores, que trabalhavam nas horas vagas. A ajuda, segundo ele, foi
fundamental.“Em 2009, tínhamos uma sede bem ruim, que nem dava para receber ninguém, e apenas uma funcionária que atendia os telefones. O presidente ficava em Curitiba, o financeiro, em Florianópolis... Era uma entidade bem amadora. Agora mudamos de sede, temos uma diretoria trabalhando full time e estamos conseguindo resultados. Ter a transmissão de alguns campeonatos ao vivo nos ajuda muito, assim como a chegada desses patrocinadores. Sem muita divulgação, estamos conseguindo igualar a audiência de futsal e basquete”, disse.
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