terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cuba e Canadá lutam pelo vice; Brasil, para se manter acima da Argentina


Andy LyonsGetty Images
Campeã mundial do salto com vara, Fabiana Murer pode conquistar ouro no Pan e fazer diferença para o Brasil no quadro geral de medalhas


Estados Unidos historicamente na ponta, Cuba se equilibrando para não cair um posto, Canadá querendo chegar a vice - já na preparação para seu Pan em casa, em Toronto-2015 – e Brasil, tentando ao menos manter o terceiro lugar conquistado em casa, no Rio de Janeiro-2007 – o que, com certeza, não será nada fácil...

Esse o é quadro aproximado do que se espera da briga no topo daa tábua de medalhas do Pan de Guadalajara, com início nesta sexta-feira (14) para terminar no dia 30.

Mesmo com equipes esportivas de diferentes níveis técnicos enviadas a cada edição de Jogos Pan-Americanos, os Estados Unidos se mantêm no alto da tábua de medalhas.

Para os EUA, Pan é trampolim

O objetivo dos norte-americanos no geral é usar o Pan para preparar atletas mais jovens, pensando no futuro – nas Olimpíadas seguintes. Mas há esportes em Guadalajara que justamente valem vaga olímpica – ou ao menos servem para acumular pontos no ranking ou se tentar índice para Londres-2012. E nesse caso vão atletas de ponta.

É o que acontecerá, por exemplo, nas provas de campo do atletismo, como já lembrou Fabiana Murer, campeã mundial do salto com vara; na ginástica artística e também na esgrima, como destacou a sabrista brasileira Karina Lakerbai.

Discreta” cobrança patriótica

Cuba, apesar da decadência do regime e a consequente dificuldade cada vez maior no esporte de elite depois do desmembramento da União Soviética, se segurou como vice no quadro de medalhas em Winnipeg-1999, São Domingos-2003 e Rio de Janeiro-2007, mesmo com séries de deserções e pedidos de asilo político.

Tenta seguir no posto, sob apelos patrióticos como do vice-presidente cubano Esteban Lazo, que recebeu atletas-heróis na semana passada como o lutador Mijaín López. Lazo declarou a “convicção” de luta dos cubanos em Guadalajara pela manutenção do “segundo lugar histórico que pertence a Cuba desde Cali-1974”.

Vale lembrar que, no Pan do Rio de Janeiro-2007, o Brasil obteve mais medalhas que Cuba (157 a 135) – que, no entanto, seguiu como vice no critério das medalhas de ouro (59 a 52).

Pensando no próprio Pan

O Canadá, que perdeu seu “histórico terceiro lugar” para o Brasil nesse Pan-2007, compete em Guadalajara como o “primeiro time dos esportes de verão”, segundo Jean Dupré, diretor-geral do Comitê Olímpico Canadense, destacando a “geração talentosa” de esportistas e já focado na preparação para seu próprio Pan, em Toronto-2015.

Mesmo também considerando os Pans como preparatórios para “grandes eventos mundiais” e “afinação” para a Olimpíada-2012, como observa Curt Harnett, um dos membros de sua delegação em Guadalajara, o país leva novamente sua maior delegação a um Pan, como fez em 2007.

Brasil e Argentina: ginástica rítmica decidiu

O Brasil tem por meta manter as medalhas que conquistou em casa, na edição passada do Pan – mas seus dirigentes, como do atletismo, reconhecem que a missão não será nada fácil.

A grande rival do Brasil em Pan costuma ser a Argentina, na disputa pelo quarto lugar. E Winnipeg-1999 acompanhou uma disputa eletrizante.

Com Estados Unidos, seguidos de Cuba – que fechou o quadro com apenas cinco ouros mais que o Canadá -, Brasil e Argentina levaram a briga até o último esporte do último dia de competições.

Terminaram empatados nas medalhas de ouro com o título da equipe brasileira da ginástica rítmica, no domingo de encerramento daquele Pan.

O Brasil levou o quarto posto com 32 pratas contra 19, 44 bronzes contra 28 – total de 101 contra 72.

O melhor, em casa

Vale destacar, como já observou Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), ao R7, que a Argentina mudou os quadros de seu próprio Comitê, se profissionalizou e recebeu investidores grandes.

Segundo o dirigente brasileiro, para o COB o Pan de Guadalajara é uma escada para a Olimpíada-2012. Com relação a medalhas, diz que "a briga será muito dura" e é preciso deixar claro que "não existe possibilidade – nenhuma - de batermos o número de medalhas que tivemos no Pan do Rio-2007, o melhor resultado do nosso esporte" (as 101 medalhas, sendo 25 de ouro, 32 de prata e 44 de bronze), como tradicionalmente acontece com os países-sedes dos Jogos.

Assim, se o México inicialmente competiria pelo quinto lugar no quadro de medalhas, com certeza estará brigando por uma vaga mais acima - e com a Colômbia, sua rival de tradição – que também vem investindo forte em esportes.

Segundo Ricardo Probert, chefe da delegação mexicana, disse em coletiva realizada nesta segunda-feira (10), o objetivo do país é "melhorar nosso número histõrico de medalhas". Foi em Mar del Plata-1995, na Argentina, quando o México terminou na quionta colocação na tábua de medalhas, com 80 no total, 23 delas de ouro.




A Rede Record transmitirá os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara com exclusividade para a televisão aberta, ao lado da Record News. O R7 terá transmissões ao vivo das competições e uma cobertura completa dos eventos.

A emissora também mostrará a Olimpíada de Londres-2012 com exclusividade na TV aberta brasileira, e também pela internet. A Record detém ainda os direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e da Olimpíada do Rio de Jane

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