quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Saiba em quais modalidades o Brasil vai ficar de fora no Pan


Seleção de hóquei chegou a perder de 21 a 0 para Argentina no Pan de 2007. Foto: AFP
Seleção de hóquei chegou a perder de 21 a 0 para Argentina no Pan de 2007
Foto: AFP

Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara começam em outubro, e o torcedor brasileiro ansioso para saber como conseguirá acompanhar e torcer em todas as 41 modalidades do evento, pode se despreocupar com, pelo menos, cinco delas. Nesta edição de 2011, beisebol, softbol, hóquei na grama, pelota basca e raquetebol não contarão com representantes do Brasil.
Como o Brasil foi sede do Pan em 2007, e por ser anfitrião tinha a obrigação de contar com atletas em todos os esportes que o evento contempla, conseguiu reunir praticantes de modalidades pouco expressivas no País na edição passada. Não foi o caso do raquetebol e da pelota basca, que não faziam parte da grade de jogos no Rio, e voltam agora ao Pan-Americano no México.
No caso do beisebol, que é mais conhecido do público e possui um bom número de praticantes no País - com resultados como a conquista invicta do Sul-Americano Pré-Júnior, no ano passado -, o problema não é técnico ou de formação de equipe.
No entanto, segundo o presidente da CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol), Jorge Otsuka, a decisão do COI (Comitê Olímpico Internacional) de tirar a modalidade da grade olímpica foi determinante para que ela perdesse incentivo do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
"Teríamos nos classificado. Faltando uns três ou quatro meses, nos negaram o pagamento das passagens para as classificatórias de Porto Rico", afirmou Otsuka.
A Seleção Brasileira de softbol ficou de fora do Pan 2011 ao perder para a Colômbia nas classificatórias, pois eram apenas dez vagas para os jogos, e o Brasil ficou em 12º. A campanha brasileira no Pan do Rio foi fraca: a Seleção ganhou uma única partida contra Porto Rico, ficando na sétima colocação. Para Vivian Morimoto, uma das atletas daquela equipe, o resultado foi abaixo do esperado. "Contávamos pelos menos com o bronze", disse ela.
Vivian joga nos Estados Unidos pela Universidade de Tenesee Chattanooga, time da primeira divisão local. Assim como ela, a maioria das atletas brasileiras da Seleção joga fora do país, em grandes centros como o próprio EUA e o Japão.
"O que falta para o Brasil no softbol é experiência, jogar competições internacionais. Só temos 10 times no Brasil e sempre jogamos com as mesmas meninas", disse ela, comparando a prática de esporte com os Estados Unidos. "Aqui, jogamos 60 jogos por ano".
No hóquei sobre a grama, a situação é parecida. As Seleções, tanto a masculina quanto feminina, não se classificaram para o Pan 2011. Em 2007, as duas tiveram uma campanha fraca e ficaram em 8º sem conseguir pontos.
A equipe masculina até havia se classificado em último lugar para os Jogos de Guadalajara, mas como Cuba teve problema com vistos e não pôde participar das seletivas, houve um jogo em sistema playoff posterior entre as duas seleções, e o Brasil saiu na pior.
A goleira Lisandra Souza joga desde 2006 na Seleção feminina. A primeira competição internacional dela foi o Pan de 2007, assim como o da maioria dos atletas da modalidade. Segundo ela, houve uma evolução na prática do esporte desde o Pan do Rio, e a intenção daqui para frente é se classificar para o Pan de 2015, que acontece em Toronto. "Em 2007, eram só dois times femininos, hoje já são seis", afirmou.

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