sábado, 8 de outubro de 2011

Apesar da altitude, técnico prevê queda de marcas brasileiras na natação


Natação brasileira tem planejamento inédito para altitude

Para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, o técnico da natação brasileira, Alberto Silva, o "Albertinho", afirmou que, apesar da altitude, está muito confiante em que os atletas consigam superar as marcas durante a competição. Segundo ele, há expectativa em relação à melhora dos tempos da equipe, já que não há uma relação direta entre o aumento de tempo nas provas com o ar rarefeito.
"Não há uma relação direta, vai da individualidade de cada um. Tem atleta que sente mais. Queremos chegar as finais, as medalhas, e se der para melhorar a cor delas, este é o foco de todos", disse.
Para ele, que comanda o Projeto Rumo ao Ouro em 2016 (Pró-16) e tem o campeão olímpico Cesar Cielo na equipe, o momento não é de muito esforço, mas sim de relaxamento.
"É buscar nadar na velocidade da prova, mas sem acumular cansaço. Precisamos reforçar os pontos positivos. Ver se ainda tem alguma coisinha que a gente consegue resgatar do que não estava tão bom no treinamento. E aqui nessa situação do Pan em Guadalajara, a gente tem a altitude. Para grande maioria, é a primeira vez que fazemos esse polimento na altitude. Vai ser um trabalho bem individualizado", afirmou.
Ele diz que alguns atletas podem sentir os treinos mais intensos. "Quando a gente programar um treino mais forte, mais específico, pode ser que alguns atletas não participem, até se sentirem bem. Converso com cada um na hora do treino, na hora do descanso, para ver se estão todos bem", disse.
Segundo ele, os fisiologistas conseguem dar uma mapeada e dar indícios do que pode acontecer com cada atleta, mas não é possível cravar uma posição.
"Dá para se chegar a algumas tendências para cada caso, de como o atleta está se apresentando naquele momento. O que estamos passando aqui serve como uma experiência para quando formos competir de novo na altitude. É preciso guardar as informações que teremos aqui e usar quando voltarmos a competir em um nível acima do mar", afirmou.
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