Em família, irmãos do taekwondo fazem dobradinha por medalha

Irmãos do taekwondo se unem por medalha no Pan

O lutador de taekwondo Marcel Wenceslau, 30 anos, está desde os 15 na Seleção Brasileira, quando foi convocado e disputou o Mundial júnior. Disputou os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, mas não se classificou para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, a partir de 14 de outubro, no México. Diz não estar zangado por isso, devido a um simples motivo. Na categoria até 58 kg - que ele disputa - a vaga ficou com seu irmão, Márcio Wenceslau, um ano mais velho.

"A gente trabalha com uma equipe, somos um conjunto. Vou desenvolvendo um trabalho, principalmente para ele, que estará representando o Brasil. Ele está em uma fase muito boa, conquistando muitos títulos. Foi vice-campeão dos Jogos Mundiais Militares, campeão pan-americano (de taekwondo) e quinto colocado no pré-olímpico, que é uma missão muito difícil", diz.

Sem qualquer constrangimento, ele afirma que se o irmão conseguir uma medalha de ouro, ela será "nossa". "É vez dele, ele vai conseguir uma medalha de ouro. Não vai ser só uma medalha dele, mas nossa. Minha, dele, da minha família, que está sempre apoiando a gente, e do Brasil. Acho que isso é muito gratificante", afirma.

Por disputarem na mesma categoria, os dois passam praticamente todo o tempo dos treinamentos juntos. Além da parte técnica, Marcel diz que tem dado todo o apoio moral que o irmão precisa para ir bem no Pan.

"Nesses últimos anos, ele tem tido resultados espetaculares, é o momento dele. Apesar dos treinamentos muito pesados, ele tem rendido muito nos treinos. Ele estava muito rápido no treinamento, eu fiquei olhando. Isso é bom. Acho que é o momento dele sim", afirma.

Repeitando o melhor momento do irmão, Marcel diz que Márcio precisa treinar forte e manter o foco. "Ele vai disputar o pré-olímpico no mês que vem com muitos daqueles que ele vai encontrar no Pan. Então é trabalhar em cima disso, ver como os outros estão para conseguir a sua classificação", diz.

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