Os diversos estilos dos atletas chamam a atenção na Vila Pan-Americana
Com os uniformes repetindo as cores e os tons das bandeiras nacionais, e às vezes assemelhando-se ao de outros países - como República Dominicana, Porto Rico e Cuba, por exemplo - fica ainda mais difícil se destacar. Ainda mais em uma competição que utiliza cores fortes - rosa, azul e amarelo - na comunicação com o público e, é claro, no uniforme dos voluntários do Pan, que ganham camisas rosa, azul, amarelo. Alguns não querem aparecer, é verdade, e aproveitam a padronização do uniforme para passar anônimos pelos demais. A grande maioria, porém, investe em adereços que chamem a atenção dos demais.
Um dos acessórios mais visto nos atletas é, sem dúvida, o óculos de sol. Em Guadalajara, tem dias em que parece existir um sol para cada um, sendo assim, os óculos são mais do que adereços, são uma proteção também. Na Vila do Pan, os preferidos são os modelos esportivos, de lente espelhada, às vezes alaranjada, mas tem quem arrisque um tipo aviador ou ainda os way farrer coloridos, comumente visto no rosto dos jovens fãs de Justin Bieber, entre outros.
Os cabelos, tanto em homens como em mulheres, são outra mania entre os competidores, especialmente entre os mais jovens. As meninas abusam dos penteados, especialmente as cubanas, que desfilam as tranças ao estilo rastafári pela Vila do Pan, algumas bem coloridas.
Outras preferem fazer tranças mais discretas, em apenas uma parte do cabelo, tal qual um detalhe. Faixas, tiaras, presilhas também fazem parte do desfile feminino de adereços dos Jogos Pan-Americanos. Nos cabelos os homens são menos criativos, apelando para o chapéu ou para um cabelo mais comprido, às vezes preso, às vezes amarrados.
Brincos e colares também são opções para os atletas do Pan mostrarem a personalidade. Sejam brincos ou colares, ambos podem ser encontrados nos homens e mulheres que frequentem a Vila. A maioria é discreto, nada de brincos grandes que pesam na orelha ou colares de muitas voltas. Brinco de flores, botões, círculos que imitam alargadores são os preferidos dos esportistas.
Com os habitantes da Vila Pan-Americana crescendo cada dia mais, outra mania toma conta dos atletas, voluntários, organizadores e qualquer um que tenha uma credencial e um cordão colorido dos Jogos de Guadalajara: a tradicional troca de broches.
Um grupo de canadenses, inclusive, parou a equipe do Terra em busca de um broche dos Jogos Olímpicos de Inverno disputado em Vancouver, no Canadá, em 2010, do qual o Terra também era um dos canais oficiais de transmissão. E mesmo sem conseguir a relíquia, os canadenses presentearam a equipe do Terra com um broche com a bandeira do Canadá. Cheios de broches no cordão, logo os atletas encontraram dois atletas peruanos para trocar pins (broche em inglês).
Quem também entrou na dança dos pins foi a voluntária mexicana Martha Catarina López Díaz, 23 anos, que há duas semanas está trabalhando na Vila Pan-Americana, mas que há mais de dois meses está envolvida na organização do evento. Martha contou ao Terra que todos os broches do cordão foram oferecidos por atletas das delegações. Nenhum foi pedido.
A jovem já tem dez broches de oito delegações: Guatemala, Brasil, Cuba, Argentina, Estados Unidos, Costa Rica, dois do Canadá e dois de Porto Rico.
Martha, satisfeita com o cordão de broches, tem até uma estratégia para quando o espaço da credencial terminar: "vou usar na camiseta", ensina. Feliz de fazer parte dessa tradição, Martha espera ter broches dos outros 32 países que faltam até o final do Pan 2011. "Ojalá que si", ou, em bom português, "tenho esperança que sim", disse a voluntária, orgulhosa.
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