quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Trampolim é a modalidade da ginástica que usa cama elástica


Giovanna Venetíglio Matheus, ginástica de trampolimTatiana Figueiredo/Arquivo pessoal
Giovanna é uma das representantes do Brasil no Pan de Gudalajara e depois no Mundial de Birmingham, em novembro
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Falar em “trampolim” ainda é motivo para confusão com a prancha na beira de piscina, como reconhece Tatiana Figueiredo, técnica dos atletas brasileiros dessa modalidade da ginástica nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara – que serão disputados entre os dias 14 e 30. Mas a modalidade está crescendo, além de Minas Gerais e Rio de Janeiro. E Tatiana espera que muito rapidamente o trampolim – modalidade onde os homens chegam a saltos de até sete metros de altura - seja mais conhecido.

Por enquanto, até fala em “cama elástica” como referência.

O trampolim ainda tem pouca visibilidade, mas os resultados estão aparecendo, o que ajuda na divulgação. A Giovanna foi bronze individual na etapa do Japão da Copa do Mundo, o que foi inédito. Uma grande conquista.

Depois do Pan, Mundial

Giovanna Venetíglio Matheus tem talento, diz a treinadora – ela mesma atleta olímpica, mas da ginástica artística – e também está evoluindo com o equipamento oficial cedido pela CBGin (Confederação Brasileira de Ginástica), à academia de Tatiana no Rio de Janeiro – o Núcleo Tatiana Figueiredo.

- Foi uma ajuda muito importante.

No Pan de Guadalajara, para onde a equipe de trampolim viaja no domingo (9), haverá treinos oficiais no dia 16, para a competição no 17 e finais no 18). Os principais adversários são Estados Unidos e Canadá – e Giovanna vai defender ao menos o bronze do Pan do Rio de Janeiro-2007.

Na sequência, a equipe brasileira vai para o Mundial de Birmingham, Inglaterra, com competição entre 17 e 20 de novembro, e que vale como Pré-Olímpico, para vagas em Londres-2012.
- Temos chances de medalha. Quase fomos para a Olimpíada de Pequim-2008. O Carlos Ramirez Pala, que é um ginasta excepcional, quase foi... Ficou como primeiro reserva. Agora, está mais experiente. A Giovanna também tem chance.
Os dois ginastas são do Rio de Janeiro e chegaram ao trampolim “meio por acaso”, vindos da ginástica artística – modalidade de Tatiana, que foi à Olimpíada de Los Angeles-1984.
- Passei a dar aula, mas o investimento para os aparelhos, quatro no feminino e seis no masculino na ginástica artística, é muito maior, Para o trampolim, é mais barato [a cama elástica]. A modalidade é nova, na Olimpíada. Começou em Sydney-2000.
Crianças se divertem
Tatiana concorda que o trampolim é divertido e lúdico, principalmente para a iniciação, com as crianças – depois, já direcionado para a alta performance, a técnica se torna muito importante. A prova na Olimpíada é única (e individual – feminina e masculina).
Os saltos exigem muito trabalho de pernas, mas também de braços, para se ganhar altura, para alongar e ter mais espaço e tempo para as acrobacias. O treinamento tem também um pouco de balé, para melhorar postura, pontas de pé.
- É uma prova só, de precisão, e é preciso se concentrar muito. Por isso, também fazemos visualização das séries.
Não existe um biótipo específico do ginasta de trampolim.
- A China, a maior potência, tem ginastas bem magros, de estatura média. Até facilita não ser tão encorpado.
Passagem pela República Tcheca
A equipe brasileira de ginástica de trampolim esteve na etapa tcheca da Copa do Mundo, em Jablonec, onde competeiu no último fim de semana.
Além de Taissa Paraiso Garcia (CMRJ), a equipe nacional foi representada pelos quatro ginastas convocados para o Pan: Carlos Ramirez Pala e Giovanna Venetíglio Matheus (NGOTF); Rafael Oliveira Andrade (CMRJ) e Daienne Cardoso Lima (Alfa CEM).
No trampolim individual masculino, com 50 ginastas, Rafael terminou na 21ª colocação, com 100.425 pontos, e Ramirez Pala em 36º, com 70.020. No trampolim individual feminino, a brasileira mais bem colocada foi Daienne, na 26ª posição, com a nota 89.925, dentre 41 ginastas. Taissa Garcia ficou em 33º (70.475), e Giovanna, em 37º (54.010).
Giovanna comentou que teve falhas na série livre mas terá tempo de corrigir “o que for necessário para não errar de novo no Pan”.
- Também foi importante para eu melhorar minha primeira série (a obrigatória), que não tinha sido muito boa nas etapas da Copa do Mundo da China e do Japão [disputadas em julho].
Os técnicos Mário César de Carvalho e Tatiana Cano Figueiredo acompanharam a equipe.


A Rede Record transmitirá os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara com exclusividade para a televisão aberta, ao lado da Record News. O R7 terá transmissões ao vivo das competições e uma cobertura completa dos eventos.
A emissora também mostrará a Olimpíada de Londres-2012 com exclusividade na TV aberta brasileira, e também pela internet. A Record detém ainda os direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e da Olimpíada do Rio de Janeiro-2016.

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