domingo, 2 de outubro de 2011

Lara e Nayara formam o dueto do nado sincronizado dentro e fora da piscina


Lara Teixiera, Nayara Figueira, nado sincronizadoSatiro Sodré/Agif
Lara Teixeira e Nayara Figueira formam o dueto que competirá pelo Brasil no nado sincronizado em Guadalajara
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Lara Teixeira e Nayara Figueira estão com 23 anos e se conhecem há dez, desde juvenis. Formam o dueto que representa o Brasil, na equipe de nado sincronizado, desde 2007, e estão treinando intensamente para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro.

“Sequinhas”, como manda a modalidade, e muito fortes, como exigem as coreografias mais atuais, chegam à beira da piscina com corpo ereto, queixo altivo, sorriso estampado e um jogo de ombros – o único permitido na postura elegante. Nada de "reboladas".

A postura de total confiança faz parte do aspecto artístico que também será julgado pelos juízes na apresentação das meninas.

Por trás do sorriso
Atrás disso... Lara sofre com o ombro. Nayara, com a virilha, o joelho... São movimentos repetitivos e, mesmo dentro da água, as dores são constantes e a raiva às vezes ronda a disposição.

- Raiva, dor? Temos, sim! Sempre! Tudo isso e mais um pouco...

As duas riem enquanto quase emendam as frases. Acompanham o pensamento de uma e de outra como se também seguissem uma coreografia falada.

Muito simpáticas, confessam que ficaram um pouco abatidas com o Mundial de Desportos Aquáticos de Xangai, em julho.

Lara:

- Acho que nossa expectativa estava acima da realidade.

Nayara:

- Estávamos esperando passar por alguns países... e não passamos...

Quais?

- Estados Unidos, Inglaterra, Grécia. A gente já tinha passado por eles. Mas em Mundial antes de Olimpíada, elas estavam muito fortes.

"Up" canadense
Por isso, a vinda da canadense Leslie Sproule, que agora é consultora, para 15 dias de treinos ao lado da técnica Andrea Cury, no Clube Paineiras do Morumby, deu “um up” na definição de Nayara.

- É o método do Canadá, a didática, o reforço positivo. Ela diz que “está melhor, mas falta fazer isto”... É um treinamento diferente. Mas foi bom, para sabermos que podemos fazer mais.

Lara reforça que talvez as duas achassem que não podiam fazer melhor do que estavam fazendo, mas viram que é possível crescer.

- Também ajudou, sim, na parte emocional.

Atrás do melhor
As duas disseram que assistiram a vídeos, identificando os pontos melhores das adversárias.

Lara:

- Claro que pensamos em ouro.

Nayara:

- Mesmo porque tudo pode acontecer.

Lara:

- Mas temos os pés no chão com relação ao Canadá. Elas estão em um nível acima, desde 2008.

Nayara:

- Mas os Estados Unidos... Já passamos por elas em campeonatos. É possível, sim, ficar com a prata no Pan.

As duas concordam que as canadenses querem mais é que as brasileiras passem as norte-americanas. E ainda lembram que essas adversárias terão a pressão de defender a medalha de prata conquistada no pan do Rio de Janeiro-2007, o que pode pesar.

"Espelho" uma da outra
Sobre a parte artística, é preciso combinar cabelo e maquiagem (cada uma faz a sua, mas olhando uma à outra, para ficar o mais parecido possível) com maiô – no Mundial e no Pan são de estampa assinada pelo artista plástico Romero Brito (“...disseram que ele é até mais conhecido no México do que no Brasil!”)

Lara:

- A gente leva uma meia hora para cabelo e maquiagem (à prova d’água, claro). Faz o aquecimento na água e depois se arruma.

Nayara:

- Tem de ficar o mais alegre... É tudo muito plástico. E música que o público gosta, energia boa. A sintonia ajuda o atleta...

Nara:

- Temos sempre de mostrar confiança. É um teatro... E tudo para envolver o juiz!

As garotas do dueto viajam em 9 de outubro, para as competições do nado sincronizado (também fazem parte da apresentação da equipe) que serão de 18 a 21.




A Rede Record transmitirá os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara com exclusividade para a televisão aberta, ao lado da Record News. O R7 terá transmissões ao vivo das competições e uma cobertura completa dos eventos.

A emissora também mostrará a Olimpíada de Londres-2012 com exclusividade na TV aberta brasileira, e também pela internet. A Record detém ainda os direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e da Olimpíada do Rio de Janeiro-2016.

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