Myke quer ouro no Pan e já sonha com Londres
Foto: AFP
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Depois do bronze nos Jogos Militares e da queda precoce no Mundial de Boxe Olímpico de Baku, no Azerbaijão, o pugilista paraense Myke Carvalho (69 kg) já está com a cabeça voltada para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
"Pretendo conseguir o ouro", avisou. No entanto, pelo caminho até o lugar mais alto do pódio, ele encontrará difíceis adversários como os pugilistas da Argentina, Cuba e Venezuela. Mas o atleta disse que não seleciona os rivais: "estou me preparando para lutar com qualquer um", disse.
O boxeador conquistou o bronze na última edição dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, em 2007. Na primeira vez na competição, ele era promessa de ouro para o Brasil, mas por causa de um ponto na luta contra o americano Karl Dargan, ficou em terceiro. "Fiquei triste para caramba porque foi no Brasil e a expectativa era ser ouro, como já tinha ciclo olímpico", lamentou o atleta.
O ouro no Pan não é a única meta ambiciosa do atleta, que quer subir no pódio nos Jogos de Londres, em 2012. Nas duas edições olímpicas em que participou, Atenas 2004 e Pequim 2008, Myke caiu nas eliminatórias. Para o atleta, o nervosismo foi um fator decisivo em seu desempenho. "A gente vai um pouco nervoso e não produz tudo o que quer", disse o atleta. "Hoje, estou indo mais tranquilo e conseguindo executar melhor o trabalho".
Derrotado por Vasili Belous, da Moldálvia, no Mundial do Azerbaijão, Myke terá que conseguir a vaga em Londres através do Pré-Olímpico das Américas, que acontece entre 11 e 20 de maio e colocará 54 vagas na disputa (sendo apenas uma por país em cada categoria).
Sem focar nas conquistas e derrotas do passado, o brasileiro projeta Jogos do Rio de Janeiro, em 2016: "essa Olimpíada vai ser de grande peso na minha carreira, vou estar com 32 anos", afirmou. "O meu objetivo, é subir no pódio em todas as competições relevantes que eu competir".
Para um futuro mais distante, Myke pretende abrir uma academia própria para "passar o pouco que eu aprendi para outros atletas e tentar fazer, quem sabe, um campeão mundial ou um atleta de Seleção".
Para o pugilista, muitos talentos precisam ser descobertos no Brasil, mas faltam oportunidades. Talvez relembrando a sua própria história: o atleta saiu de Belém com 18 anos para integrar a Seleção Brasileira.
Em meio a vitórias e derrotas, o atleta deixa claro que sua maior conquista é a carreira desenvolvida: "estou fazendo o que eu gosto e o que eu sempre fiz, da melhor maneira. Estou dando o meu resultado", concluiu.
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